11 junho 2013

Dono

Do fundo desta noite que persiste 
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos, Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa
Porém o tempo, a consumir-se em fúria, Não me amedronta, nem me martiriza.  

Por ser estreita a senda - eu não declino, Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino; Eu sou o comandante de minha alma

William Ernest Henley

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