Expectativas, avaliações, evasões internas
Saem voando de mim como poças de sangue de uma ferida
Um feto do útero de um cadáver numa tumba
Murcho e espargido como lençóis vermelhos na cama
De um imaculado quarto.
Não consigo respirar,
Não consigo ganhar,
Nesta indelével posição em que estou
Isso controla a única parte da minha alma infeliz
Que precisa se defender sozinha neste buraco oco
Que cavei de dentro para fora,
feito um prisioneiro no interior de
uma cela destrancada,
sentado nos poços mais profundos do inferno
Estorvado por não estar em seu lugar asfixiante
Ele poderia até abrir a porta, pois não precisa de
uma maldita chave
Mas, por outro lado,
Por que é que ele faria isso?
O circunlóquio é a sua revolução.
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