09 setembro 2013

Os Noturnos

Já não sei por quanto tempo eu procuro, 
escondida nas sombras de uma sepultura. 
Pelas florestas, cavernas, porões sombrios, 
através da escuridão que abriga a eternidade. 
No sopro do vento, num gemido, 
em cada raio de lua sobre o mar. 
No silêncio do voo, solitário, oculto. 
No êxtase de um olhar. 
Já não importam as noites não dormidas e os dias intermináveis, 
que terei de suportar. 
Todos os equívocos que cometi ou ainda a certeza de que perdi. 
O tempo amigo das boas causas: 
alimenta...alivia...transforma. 
No entanto, jamais esqueci, 
tece a tua teia incompreensível, 
aos olhos cegos e insensíveis. 
Sim, eu procuro, 
apesar disso eu sei, eu encontrarei. 
(Juro, o encontrarei)

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